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ENTREVISTAS
AMANDA E MARIA EDUARDA
ENTREVISTA COM J. BORGES
José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, tem 78 anos e é um dos artistas folclóricos mais reconhecidos na América Latina. Já fez mais de 200 cordéis e já ganhou mais de 30 prêmios. Nasceu em 20 de dezembro de 1935, em Bezerros, onde aos 10 anos começou a negociar colheres de pau que ele mesmo fazia. O seu primeiro cordel de sucesso foi “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, que foi xilogravurado pelo Mestre Dila e vendeu mais de 5.000 exemplares em 2 meses.
Amanda e Maria Eduarda: O Senhor já pensou em desistir?
Nunca, pois não sei como seria a minha vida se eu desistisse.
A & ME: Que outros trabalhos o Senhor já teve?
Olhe, eu já fui pedreiro, carpinteiro, oleiro, faxineiro e pintor de parede.
A & ME: O que o Senhor sente ao ser elogiado?
Eu sinto uma alegria enorme no meu coração.
A & ME: Onde o Senhor nasceu?
No Sítio Piroca, em Bezerros.
A & ME: Qual é o seu cordel preferido?
O cordel “A Chegada da Prostituta no Céu” e eu me orgulho muito dele.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Amaro Arnaldo do Nascimento, mais conhecido como Lula Vassoureiro, 69 anos, nasceu na antiga Rua da Vassourinha, em 1945, e começou a fazer máscaras entre os 6 e 8 anos. Em todos esses anos de carreira, já ganhou mais de 500 títulos e conhece boa parte do mundo. É Lula porque assim a avó queria e Vassoureiro pela fábrica de vassouras que seu avô tinha.
Amanda e Maria Eduarda: Em todos esses anos já pensou em desistir?
Nunca pensei em desistir, pois sempre me orgulhei de meu trabalho.
A & ME: Gosta do que faz?
Gosto, pois Deus me deu esse talento, e pretendo continuar!
A & ME: O fato de ser analfabeto interferiu na sua carreira?
O fato de eu ser analfabeto nunca me atrapalhou porque sempre me dei bem no meu trabalho, mesmo sem ler nem escrever.
A & ME: De que máscara o senhor mais se orgulha?
Não tenho preferida, gosto de todas.
A & ME: Em que se inspira?
Em todos vocês!
BEATRIZ
ENTREVISTA COM J. BORGES
José Francisco Borges, ou J. Borges, nasceu em Bezerros em 1935 e é um dos artistas folclóricos mais celebrados da América Latina e o xilogravurista brasileiro mais reconhecido do mundo. Filho de agricultores, começou a trabalhar aos dez anos, vendendo colheres de pau que fabricava.
Beatriz: Seu trabalho já foi exposto em que países?
Na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.
B: Quando começou a escrever cordéis?
Comecei a escrever cordéis em 1964, aos 29 anos.
B: Qual é o seu cordel favorito?
De todos os meus cordéis, gosto mais dos “A chegada da prostituta no céu” e “A mulher que vendia cabelo e foi para o inferno”.
B: Você tem alguma inspiração? Qual?
Sim, a minha inspiração é toda a minha vida, o que vejo à minha volta.
B: O senhor já pensou em desistir de sua carreira alguma vez?
Não, nunca. Não sei o que eu seria sem fazer o que faço.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Com seu trabalho reconhecido em todo Brasil, Europa, Ásia, Estados Unidos, México e Canadá, o Mestre Lula Vassoureiro deu continuidade à arte de brincar mascarado no Carnaval, um legado deixado pelo avô que transmite para novas gerações. Amaro Arnaldo do Nascimento nasceu em 1944 na antiga Rua da Vassourinha, em Bezerros. Começou suas atividades artísticas aos 6 anos e hoje é o Pai dos Papangus Bezerrenses.
Beatriz: O senhor já ganhou quantos títulos?
Ganhei mais de 50 títulos.
B: Você acha ruim ter trabalhado muito cedo?
Não. Porque, se não tivesse trabalhado cedo, não chegaria até aqui.
B: Você tem alguma cor favorita para usar em suas máscaras?
Não. Uso todas e gosto de todas.
B: De onde vem o apelido de Lula Vassoureiro?
Me apelidaram de Vassoureiro porque meu avô fazia vassouras, cestos e balaios e de Lula porque assim minha avó queria.
B: Já pensou em desistir?
Não. Porque é a minha obrigação fazer máscaras.
EDUARDO
ENTREVISTA COM J. BORGES
J. Borges nasceu no município de Bezerros, em uma fazenda, e não teve acesso à escola. Ele aprendeu a fazer cordéis com um cego e desenvolveu uma ótima técnica de xilogravura.
Eduardo: Onde você nasceu?
Em Bezerros.
E: Quando foi o seu primeiro cordel?
Em 1964.
E: Qual é o seu nome todo?
José Francisco Borges.
E: Quando cordéis você já fez?
304 cordéis.
E: Você já viajou pra fora do país?
Sim, Portugal, Europa e mais.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Amaro Arnaldo do Nascimento, ou seja, o mestre Lula Vassoureiro, nasceu em 1944 em uma antiga rua, da Vassourinha, em Bezerros.Seu apelido foi herdado dos seus avós, que eram artesãos de palha. Faziam um bocado de cestos, balaios e vassouras. Ele começou a fazer as máscaras aos 6 anos e hoje é o Pai dos Papangus de Bezerros.
Eduardo: Como é seu nome todo?
Amaro Arnaldo do nascimento.
E: Em que ano você nasceu?
Em 1944.
E: Em que cidade você nasceu?
Em Bezerros.
E: Por que o seu apelido é Lula Vassoureiro?
Porque os meus avós botaram.
E: Quanto tempo de serviço?
61 anos.
ELIAN
ENTREVISTA COM J. BORGES E LULA VASSOUREIRO
Este ano, fomos ao Brejo da Madre de Deus e a Bezerros colher dados para a elaboração do nosso projeto “No Agreste, a História, as Linguagens e o Homem”. Foi interessante porque tivemos a oportunidade de conhecer um pouco da cultura popular da região e também outros aspectos, como a vegetação, o relevo, as rochas, enfim a geografia do lugar. Conhecemos e registramos, através de fotografias, aspectos pré-históricos do local, além dos cenários e do teatro da Paixão de Cristo.
Nesta entrevista, falarei de dois artistas representantes da cultura popular, J. Borges e Lula Vassoureiro.
J. BORGES
José Francisco Borges, ou J. Borges, é famoso internacionalmente. Maior representante da literatura de cordel, suas obras são ilustradas por ele mesmo, usando a técnica de xilogravura.
Elian: Com quantos anos o senhor começou a trabalhar?
Comecei aos oito anos de idade.
E: Teve outras profissões?
Sim, fui carpinteiro, pedreiro, oleiro.
E: Tem filhos?
Sim e seguem a mesma carreira.
E: Qual a sua inspiração?
Minha maior inspiração são as pessoas.
E: Qual é o seu cordel favorito?
“A Chegada da Prostituta no Céu” e “A Mulher que prendeu o cabelo e foi para o inferno”.
E: Já pensou em parar?
Não, nunca pensei em parar.
LULA VASSOUREIRO
Luiz Arnaldo do Nascimento, o Lula Vassoureiro, de origem humilde, começou a trabalhar muito cedo, fazendo máscaras de papangus e ficando também famoso internacionalmente.
Elian: Por que seu nome é Lula Vassoureiro?
Lula porque minha avó queria e Vassoureiro porque meu avô fabricava vassouras.
E: Com quantos anos você começou a trabalhar fazendo máscaras?
Comecei muito cedo, aos seis anos de idade.
E: Quais são as características mais marcantes em suas máscaras?
Manter uma tradição de papangus que, em Bezerros, sempre existiu e outra característica marcante é o colorido, as cores vibrantes, vivas.
E: Já pensou em parar?
Não. Gosto do que faço. Considero que foi um dom que Deus me deu.
E: Como se sente com tantos prêmios e reconhecimento internacional?
Me sinto realizado, feliz.
HELENA
ENTREVISTA COM J. BORGES
José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, nasceu em 20 de dezembro de 1935, em Bezerros. Tem 52 anos de cordel e 54 de xilogravura. A ideia de fazer cordel veio porque, em sua época, as crianças não tinham acesso a jornal e revista.
Helena: Qual é seu tema favorito para cordel?
Gracejo, umas historinhas engraçadas.
H: No que você se inspira para fazer cordel?
A inspiração vem do povo, do que eu sinto, do que os outros sentem.
H: Você já teve outras profissões?
Já fui pedreiro, carpinteiro, oleiro, marceneiro, pintor...
H: Desde quando você faz xilogravuras?
Desde 1960.
H: Como você aprendeu a fazer colheres de pau?
Eu aprendi a fazer colheres de pau com um cego.
H: Quantos cordéis você já fez?
Eu já fiz 308 cordéis.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Lula Vassoureiro é um artista pernambucano nascido em Bezerros. Há 61 anos de serviço vem nos encantando com suas máscaras. Graças a elas já ganhou 500 títulos em certificados e 80 prêmios.
Helena: Por que você se chama Lula Vassoureiro?
Meus pais colocaram meu nome de Amaro Arnaldo, mas minha avó sempre me chamava de Lula. Já o Vassoureiro veio da fabricação de vassouras de meu avô.
H: No que você se inspira para fazer suas máscaras?
Às vezes nos jornais, nos homens feios, iguais a mim.
H: Você já pensou em desistir de sua carreira?
Não, se eu parar hoje, morro amanhã. Deus me deu um dom, adoro o que faço.
H: Qual é sua religião?
Minha religião é católica.
H: Como você fabrica suas máscaras?
Eu coloco uma camada de jornal molhada em água, para não colar no molde, depois misturo trigo com água para fazer o grude e colocar a outra camada de jornal.
RAFAEL
ENTREVISTA COM J. BORGES
José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, nascido em Bezerros, continua lá até hoje, com 78 anos de idade. A família o ajuda nos trabalhos: seus três filhos, três sobrinhos, um irmão e um primo, graças a J. Borges, que conseguiu explicar como fazer sua arte para sua família, tendo como base para as xilogravuras, as histórias e lendas populares. Além de cultivar a arte do cordel, o grande artista também aplica a arte da xilogravura em cerâmicas, quadros, pedaços de madeira e até mesmo nos próprios cordéis.
O seu tempo de carreira é de 54 anos como xilogravurista, começando a fazer xilogravuras no ano de 1956, e 58 anos como cordelista, começando a fazer cordéis no ano de 1960. A única parceria de trabalho de J. Borges foi a que envolveu o seu primeiro folheto de cordel, que foi xilogravado por Mestre Dila.
Pelo que disse o próprio, o trabalho de mais destaque dele foi “A Chegada da Prostituta no Céu”. O artista não teve nenhuma influência, porém hoje é mundialmente conhecido, além de ter ganhado 30 prêmios.
Rafael: Quantos cordéis o senhor já fez?
No total, já fiz exatamente 308 cordéis.
R: É verdade que seu cordel preferido é “A Chegada da Prostituta no Céu”? Por quê?
“A Chegada da Prostituta no Céu” não é meu preferido, pois não tenho um cordel preferido, e sim o mais bem-sucedido (“A Chegada da Prostituta no Céu”).
R: O senhor gosta do que produz (com os cordéis e as xilogravuras)?
Não tem um cordel ou uma xilogravura que eu gostei, porque artista não gosta do que produz. Gosto do que você escolher para comprar de mim. (brinca J. Borges).
R: Quais temas o senhor aplica mais em seus cordéis?
Aplico mais os temas de humor (engraçados).
R: Com quantos anos o senhor começou a fazer cordéis? E as xilogravuras?
Comecei a fazer os cordéis com aproximadamente 20 anos de idade; e as xilogravuras, com aproximadamente 24 anos.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Amaro Arnaldo do Nascimento, mais conhecido como Lula Vassoureiro, nascido em Bezerros, continua lá até hoje, com 69 anos de idade. A família de Lula também adquiriu o hábito do trabalho artesão. Atualmente, seguem os seus ensinamentos a esposa, o filho e a nora, todos criando máscaras na Casa de Cultura Popular Lula Vassoureiro, que fica o ano todo aberta à visitação, localizada na Rua Otávia Bezerra Vila Nova, 64 - Santo Amaro. Lula Vassoureiro, o grande feitor das máscaras de papangu, está fazendo-as há cerca de 61 anos e começou a fazê-las aproximadamente no ano de 1953. Os seus trabalhos em destaque são aqueles que foram para o Livro dos Recordes Mundial, com a menor máscara do mundo e a maior máscara do mundo. As suas influências são a sua família (sua esposa, o filho e a nora) e, pelo que disse, o artista ganhou 80 prêmios.
Rafael: Por que sua avó queria que seu nome fosse Lula?
Para me chamar de Luiz, porque ela gostava muito desse nome.
R: Por que sua avó admirava tanto esse nome Luiz?
Ela admirava tanto esse nome, aparentemente, porque admirava Luiz Gonzaga.
R: Quantos títulos você ganhou?
500 títulos.
R: Quando o senhor começou a sua carreira, o senhor ganhava bem?
Com 6 anos, eu era artista e, com 9 anos, comecei a ganhar dinheiro.
R: O senhor já pensou em desistir?
Não.
DIOGO
ENTREVISTA COM J. BORGES
José Francisco Borges é o famoso, reconhecido no mundo pelos seus cordéis e xilogravuras. Ele nasceu em 20 de dezembro de 1935, em Bezerros, no sítio Piroca.
Iniciou sua carreira em 1960 e foi em 1964 que escreveu o seu primeiro cordel, “O encontro de dois vaqueiros no Sertão de Petrolina”, que foi xilogravado por mestre Dila e vendeu mais de 5 mil folhetos em 2 meses. Foi quando fez seu segundo cordel e, sem dinheiro para pagar um ilustrador, ele mesmo quem xilogravou, a partir daí não parou mais. Borges já ilustrou capas de cordéis, livros, discos e já expôs na Venezuela, Alemanha, Suíça, México e Estados Unidos.
Diogo: Quantos cordéis o senhor já fez? Quantos anos você tem?
78 anos.
D: Qual foi o cordel que você vendeu mais?
"A chegada da Prostituta no Céu".
D: Quantos cordéis o senhor já fez?
308.
D: O senhor já trabalhou em outras coisas? Quais?
Sim, já fui pedreiro, marceneiro, oleiro, pintor de parede e carpinteiro.
D: O senhor já pensou em desistir de ser cordelista?
Não.
ENTREVISTA COM LULA VASSOUREIRO
Lula Vassoureiro tem 68 anos e completou 61 fazendo máscaras, então ele começou com 7 anos. Desde criança, vive em Bezerros, a famosa cidade dos papangus e sua terra natal. Herdou o apelido do avô, que era famoso pela fabricação de vassouras na cidade.
Hoje o seu trabalho é reconhecido no Brasil todo e também na Europa, Ásia, Estados Unidos, México e Canadá.
Diogo: Você já pensou em desistir?
Não.
D: Quando você começou sua carreira?
61 anos atrás.
D: Quando o senhor começou sua carreira, você ganhava bem?
Aos 6 anos era artista, aos 9 ganhava dinheiro.
D: Quantos títulos o senhor ganhou?
Uns 500.
D: Qual é o seu nome completo?
Amaro Arnaldo do Nascimento.
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